Colégio Novo. Capim carrapicho. Recreio. Dor. Euforia. 08 anos. Ano de 1983. A hora do recreio era a mais esperada. Corríamos pelo pavilhão, brincando de corre-corre, pulando corda... Recordo do fardamento: saia azul com duas pregas na frente, blusa branca de tergal, meias branca no meio da "canela" e conga azul (é o novo)! Quando a campainha tocava era aquele alvoroço, um empurra-empurra para tentar ser o primeiro a sair. Os meninos sempre venciam, também eram mais fortes. E em meio a essa fortaleza eu tive que aprender a me defender. Toda vez era carimbada por carrapichos (quem sofreu isso na pele, sabe da dor que estou falando), tinha que aprender a se livrar ou então de retornar na mesma moeda!
Aderi à guerra de carrapichos para salvar minha pele e depois me viciei na brincadeira, era muito bom ver a cara de dor das "nêgadas"! Quando eles não estavam esperando o buquê de carrapicho, aí eu caprichava. Fiquei tão expert no assunto, que passei muitos marmanjos para trás.
Ser caneluda tinha suas vantagens, quando eu corria, ninguém me pegava; mas o melhor era no horário da saída: depois que terminava o intervalo eu ficava um pouco mais, recolhia os carrapichos, escondia e na saída soltava a bomba e saía em disparada para a salina em frente a escola, onde minha mãe trabalhava. Quem era doido de me atacar na frente de minha mãe? Às vezes saía da escola sem que ninguém conseguisse me ver; passava pela diretoria ou secretaria, conversava um pouquinho... Outras vezes, ia até a saída da escola com a "fessora"... Era muito legal! "Babona" era o menor nome que eu recebia; agora vê se eu tinha culpa de ser inteligente e tirar notas boas? Perdoe!!!!!
Histórias de escola tenho muitas, em vários estágios de estudante! Outro dia conto as comédias que vivi, inclusive as da época de universitária, essas são as melhores!
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