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O texto de hoje, inicia com uma frase de William Shakespeare: “Fragilidade, o teu nome é mulher”. Muitos acharão essa frase mentirosa, mas, no que concerne à violência feminina ela é mais que verdadeira! E a violência contra a mulher dará continuidade, continuará em silêncio, será repleta de: “escorrei, bati a cara no vaso sanitário, foi a primeira vez, ele bateu porque mereci, foi sem querer, ele não queria fazer isso, mudei de ideia e não quero que ele seja preso [...]”.
Esse assunto de violência contra mulher é polêmico, gera discussão, conflito, mas é tão intenso: está em nossas ruas, está em nossos bairros, vive nos lares de pessoas que conhecemos, se esconde na vergonha, se acovarda no medo de vingança, se mistura entre a falta de amor próprio e a ausência de sonhos, permeia entre mentiras e cresce a cada dia que passa.
Que fique claro que agressão contra a mulher não é só quando surgem os hematomas, porque daí é um caso perdido e sem retorno. Quando eu era criança (tinha uns 07 anos mais ou menos) eu sem querer fui testemunha ocular (já que estava em cima de um pé de seriguela) e vi o marido afogando a esposa numa bacia de água, enquanto a chutava. Até hoje eu não sei como consegui chegar até minha casa, até hoje não sei como consegui ficar em silêncio, vendo aquilo tudo aquilo acontecer (acho que era controlando minhas pernas que tremiam mais que vara verde e segurando os dentes que queriam fazer barulho)! Digo para vocês, não queiram ver esse tipo de agressão, é algo desumano e grotesco.
É brutal a forma como um homem parte para cima de uma mulher; mas acima disso, é vergonhoso saber que essa mulher, por conta de um “tal amor” se permite ser agredida: a segunda, a terceira, a quarta, a quinta e enésima vez!
E tem uma frase que me pautei durante esses anos de vida, que aprendi com minha mãe e minha avó: “jamais permita receber o primeiro bufete de um homem e não revidar”. Então acho que é isso, a partir do instante que a mulher aceita a agressão e não revida ou não denuncia, ela está aceitando que seu companheiro ou marido, repita quantas vezes ele quiser os bufetes, os chutes, os olhos cor de anil... Enfim! Aceitar e diz amém com medo de represália é a razão do índice sobre a violência feminina aumentar a cada dia. O site: http://www.compromissoeatitude.org.br/dados-e-estatisticas-sobre-violencia-contra-as-mulheres, descreve:
- 48% das mulheres agredidas declaram que a violência aconteceu em sua própria residência;
- 56% dos homens admitem que já cometeram alguma forma de agressão;
- 77% das mulheres que relatam viver em situação de violência sofrem agressões semanal ou diariamente. Em mais de 80% dos casos, a violência foi cometida por homens com quem as vítimas têm ou tiveram algum vínculo afetivo: atuais ou ex-companheiros, cônjuges, namorados ou amantes das vítimas.
Não sou quem diz, são as pesquisas. E você viveu ou vive nesse mundo de violência? E o que te faz calar? O que te faz calar? O que te fará mudar?
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