02 anos sem minha avó Romana.

                                   
Eu não sei como está aí no céu mãe, mas aqui o tempo tem passado lentamente para mim. Vou levando a vida de maneira leve, mas dentro de mim, revivo todos os momentos da minha infância até os últimos dias da sua partida.
Dia desses fui na Flamenga onde morava sua irmã (tia Antônia) e meus avós paternos, e relembrei de nossas caminhadas e conversas (mais minhas que suas), porque como dizia a senhora: "eu falo mais que a mulher da cobra". Lembro da gente chegando na casa de taipa, com as portas de varas, e o fogo de lenha estar aceso e eu fazendo aquela festa; lembro da senhora puxando a água na cacimba, para eu tomar meu banho. Lembro de irmos para o roçado (longe pra caramba) para apanhar milho e feijão verde (para gente almoçar e trazer para nossa casa)!
Lembro sabe de que? De quando a senhora mandava matar porco aqui em casa, e que eu e mainha íamos lhe ajudar a consertar o fato (ôh serviço que eu não gostava), mas fazia, porque adorava as tripas e se não ajudasse, a senhora dizia que eu não comeria (e só depois de velha entendi, que eu comeria do mesmo jeito), mas era o seu jeito de ensinar sobre a vida e sobre partilhas.
A senhora lembra dessa foto? Foi no dia que completou 91 anos. Ah mãe, vou parar de escrever porque tá tudo borrado na minha vista, das lágrimas vertidas. Fica com Deus e que a senhora esteja bem!!!



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