Como é bom recordar. Às vezes, estou em casa, pego meus antigos álbuns e vou rever momentos que ficaram registrados através de imagens. Amigos queridos que passaram por minha vida, ex-alunos que hoje cresceram e alçaram outros vôos. Amigos que por algum motivo não fazem parte do mundo terreno.
Não sei se você é como eu, que se recorda daquele momento ímpar, do riso trocado, da cumplicidade existente com aquele ex-paquera. E de tudo que passei, o que mais deixa saudade é minha velha infância. Que período maravilhoso! Mesmo não tendo os brinquedos de meus sonhos, hoje recordando das bonecas de pano, feita por minha avó, dos carrinhos de lata de sardinha com pedaços de chinelo; das petecas feitas de palha de milho e penas de galinhas, essas recordações construíram a pessoa de hoje. Uma amiga de infância, que hoje mora longe, respondeu que nossa infância foi maravilhosa, que “uma infância feliz, faz um adulto melhor”. E analisando essa frase, consigo compreender que minha amiga de infância (Germana) tem toda razão.
Tive uma infância feliz, pude correr livremente pela rua, pude brincar até mais tarde de pique esconde, cabra cega, onde está o grilo e bandeirinha. Pude subir em árvores (e cair delas). Pude brincar de casinha e fazer comidinha de verdade. Pude andar descalça para cima e para baixo, brincar na chuva, tomar banho de bica. Pude correr pelas calçadas de tamanco de madeira, tocar campainha e correr. Pude construir meus carrinhos de lata vazias de leite ou de sardinha. Pude ser criança!
Hoje vejo o mundo girando contrário, crianças não brincam com este tipo de brinquedo, crianças não vêem o mundo sob o prisma rosa, crianças não sabem ser criança... E sinceramente? Eles não sabem o que estão perdendo! Hoje os adolescentes não vão para uma discoteca para dançar agarradinho ao paquera, ao som de uma música lenta; hoje é forró, funk e ritmos que deixam qualquer um com o coração “na boca”. Não que eu não curta, mas era tão gostoso, ficar dançando lentamente, embalados ao ritmo de uma música lenta...
E você tem saudade de sua velha infância?
Eram outros tempos. Me lembro bem das brincadeiras simples como soltar arraia, jogar bila, arrastar carrinho de lata, andar descalço, pescar, catar castanha nos terrenos da vida, enfim tudo que tive direito e muito mais. Hoje em dia não existe mais a aventura da brincadeira. As festas não são as mesmas, não existe mais o clima de paquera ou aquela música pra dançar coladinho. É só barulho, drogas, bêbados e músicas com letras denegrindo as mulheres. As coisas se resolvem num cyber ou no orkut. Fazer o quê? Grande abraço.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkk... Nunca consegui soltar arraia Fernando, ela nunca subia... Sabe, o que eu adorava com a castanha? Ganhando na sardinha ou tirando as castanhas dos meninos que ficavam dentro de um triângulo (riscado no chão), com jogadas... kkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEu era muito moleca.... kkkkkkkkkkkk