Bagagens, pesos e excessos...

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Quando minha bagagem pesa em meus ombros, busco uma sombra, sento, retiro os excessos, respiro fundo, olho o horizonte e sigo em frente. Não costumo carregar além do que posso levar; por isso, pessoas que não pertencem ao meu contexto, que por motivos alheios à minha compreensão me fizeram sofrer, eu vou desviando do meu caminho. Essa minha proteção egoísta não é simples de carregar; engana-se quem pensa que descartar não machuca. Sou humana, meus defeitos e minhas falhas são enormes; no entanto, já tenho meus excessos, para que carregar os excessos alheios?
Nessa minha passagem, chorei muitas lágrimas de decepção, já gritei de impotência, já briguei pelos que amava, já servi de tapete para que os que eu amava não ferissem seus pés; mas com o tempo, aprendi que os pés que protegia, me feriram com espinhos; aprendi que as brigas que comprei, eram das pessoas que me apunhalaram; aprendi que os gritos que saiam de minha garganta em forma de defesa, eram armas para minha derrota.
Difícil deixar portas e janelas abertas, quando se encontra corações fechados. Difícil estender os braços para acolher, quando suas costas têm cicatrizes. Mas não reclamo, faço somente constatações. Eu já machuquei, eu já disse não, eu não perdoei, eu não aceitei reconciliação. Quem me conhece, sabe de minhas deficiências, conhece meus desajustes pessoais. A diferença entre eu e a maioria das pessoas? A sinceridade! Sou isso: uma alma ansiosa, uma pecadora insatisfeita, um invólucro inconstante, um espírito indomável e um coração tristonho.
Por estes motivos, não carrego excessos além de minhas forças; os pesos que me cansam vou descartando. Em minhas bagagens carrego o essencial! Nada de fútil. Somente o básico para minha sobrevivência! E você o que tem carregado além de sua capacidade? Que bagagens você carrega pelas estradas da vida? Quais seus pesos e medidas?

4 comentários:

  1. Entendo que devemos amar alguém que nos ajude a levar nossas bagagens, nossos excessos.

    Divida conosco o peso que carregamos em nossa caminhada ao longo da nossa existencia, tornando a vida mais prazeirosa e por conseguinte mais leve.

    Fora isso, o amor não tem sentido.

    Fco. Souza

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  2. Você tem razão Francisco SouZa, quando diz que devemos amar alguém que nos ajude a levar nossas bagagens e excessos... Mas, só vale a pena quando é um amor verdadeiro! Dividir as bagagens por dividir, por momento, não é a coisa mais certa a fazer! Os exemplos estão todos os dias escancarados na mídia, não é mesmo? E me pergunto se é a vida real misturada à ficção, ou se foi da ficção que transformaram em vida real!
    Caminhar com prazer, com amor, carinho e respeito é o sonho de todos nós!
    Beijo!

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  3. Carregar "mala" pro resto da vida nem com amor. Beijos querida.

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  4. Pois é Ayla. Muita mala pra carregar nessa vida. Sem contar com os inúmeros "malas" que cruzamos na vida e as vezes até involuntariamente somos obrigados a carregar. Gostei da sua discussão com o Dr. Raimundo no blog. Ele é um dos poucos que ainda grita por Camocim.

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