Não sei bem o que sou. Tenho muitos defeitos para lapidar antes do meu adeus final. Sou a filha do meio, fui criada por duas mulheres de personalidades fortes, recebi delas o melhor de dois mundos: o lado prático da minha avó Romana e o lado batalhador da minha mãe Lucimar. Tenho uma irmã (Nayla), três sobrinhos (Marcus Vinícius, Pedro Lucas e João Ulysses) e uma afilhada (Maria Luiza), que são meus xodós. Tenho guardado em mim pessoas especiais, amizades que quero ter sempre por perto; e sem elencar ninguém, agradeço a Deus por eles existirem em minha vida.
Carrego comigo muitas alegrias (mesmo com alguns dissabores). Não carrego comigo excessos de doçura, porque tenho um lado mais realista e prático (diria até que sou cínica demais). Ao longo dos meus 43 anos conquistei amizades e perdi outras (por puro orgulho, um dos meus maiores defeitos), mas os amigos que permaneceram, fazem os meus dias mais inteiros.
Cultivo autenticidade, alegria e gratidão para que meus dias nublados sejam mais coloridos. Cheguei aos 43 anos com o rosto marcado pelo tempo e com a alma marcada pela vida. Sou daquelas que não gosta de assinalar dias. Nem sempre gostei de mim, mas aprendi a me amar; nem sempre fiz as melhores escolhas, mas não me arrependo de tê-las feito.
Completo 43 anos e agradeço a Deus pelas batidas do coração, pelas mãos que rezam, pelos olhos que choram, pela boca que gargalha, pelo corpo que se sustenta, pela alma que carrego e pelo dom da vida. Grata a Deus por tudo, pelas alegrias e dores, pelas perdas e conquistas, pela família e amigos. São 43 anos de vida, que eu recebo com alegria e paz no coração.
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