Tem quem goste de viver de
ilusão. Tem quem goste de viver no mundo da fantasia, onde a cor predominante é
rosa, mas esquece, de que o tempo traz consigo aquela dose de realidade. A
verdade é amarga, porém eficaz; já a ilusão, bom, essa cria um mundo de expectativas
para que num lindo dia (se você não tiver cuidado), dê de cara no chão e aí
você culpará o Universo pelo ocorrido. Mas, será que a que culpa foi do
Universo ou foi sua que não captou os sinais da não afetividade?
Quem vive de ilusão acredita
(óbvio) que a outra pessoa sente os mesmos sentimentos que ela (e é aí que está
o erro); quem vive de ilusão, acredita piamente que serão “felizes para
sempre”. Mas, vem minha pergunta: e os sinais da não afetividade, você não viu?
Quando você é todo dengo e a pessoa não demonstra esse dengo em público, o que
significa? Timidez? Será mesmo? Quando usa apelidos carinhosos e a pessoa faz
cara de nojinho, você acredita que é devido existir outras formas de carinho???
Entendo!
Ai como a pessoa iludida sofre. É
uma eterna sonhadora. Faz planos mirabolantes. Constrói um castelo de cheio de
afetos e emoções. Na verdade, a pessoa iludida é seu próprio inimigo. É fraca e
geralmente tem medo da solidão. A pessoa iludida tem medo de ficar sozinha ou
fica com aquela pontinha de inveja, dos “casais apaixonados” (nossa, que falta
de estima)!
Eu prefiro a verdade. Eu prefiro
entender os sinais da “não afetividade”. Seria esse o motivo de eu preferi
viver a realidade a uma ilusão adocicada e repleta de contradições? A realidade
me poupa da “depressão virtual”. A
realidade me poupa dessa “novela mexicana” onde tem muitas lágrimas, muitos
arrependimentos e nenhum foco.
O psiquiatra Jurandir Freire
Costa descreve que “o amor” foi inventado como [...] “a democracia, o nazismo e os deuses. [...] o amor é uma crença
emocional e, como toda crença, pode ser mantida, alterada, dispensada, trocada,
melhorada, piorada ou abolida [...]”.
Parou para ler, analisar e sentir
essa concepção? Para que verdade mais real que essas palavras? Será que o seu
“amor” não foi alicerçado numa crença emocional? Ou será que o amor próprio é
mais frágil que o sentimento de que você carrega? Se for assim, que tal
“abolir” essa ilusão a qual está inserida? Não se permita a piedade, seja mais
forte e salve-se dessas emoções passageiras que te levam ao fundo do poço. Afinal,
se o amor foi inventado e nada mais é que uma crença, você pode mudar essa
“realidade”. Ou você é o tipo de pessoa, que prefere sofrer e chorar para dizer
que tem “alguém” ao seu lado? Se você essa filosofia de vida, por mais você
mude de relacionamento, terminará sempre sofrendo.
Quem sou eu? Na realidade não sou
ninguém, sou apenas uma observadora da vida e uma amante das palavras. Sou
apenas uma observadora que vê ruir os castelos de areia e as construções de
relacionamentos errados, que quando finalizado, o lado mais fraco, acaba se
sentindo a pior pessoa do mundo e como se não bastasse, acaba repetindo o erro,
por um pedido de desculpas! Essa sou eu...!
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