Escrevo meus medos e alguns segredos. Não posso despir-me completamente, porque minhas lembranças são partes de mim. Escrevo de minhas alegrias e desesperanças para que não me esqueça de minha impotência. Escrevo dos amores que tive para que eu possa sentir-me viva.
Escrevo meus sonhos, dos beijos que imaginei, dos corpos que não toquei. Escrevo rasgando minha alma: impura, descrente, pungente. Escrevo para deixar um pouco de mim, dos pedaços que resgatei no caminho e que pude transformar em alegria ao longo dos anos.
Escrevo para curar as dores que ficaram. Escrevo porque não tenho a chave do segredo da vida e ver o amanhecer é motivo suficiente para agradecer à Deus. Escrevo para expiar meus dissabores e para saborear o que não é visível aos olhos.
Escrevo porque sou errante e irascível. E das palavras que escrevo quem sabe eu não colha flores para guardar como recordação?
E eu não escrevo mais por pura preguiça. Parabéns Ayla pelo texto lindo e sincero. Já estava sentindo sua falta. Beijo grande.
ResponderExcluirFernando Veras...(apreciador do chá de burro camocinense)... Deixe essa preguiça de lado e presenteio-nos com seus maravilhosos textos e tiradas inteligentes.
ResponderExcluirBeijo!